Débora Lopes - Rainha do Nação Fortaleza

 

Argeu e Juliana - Reis mirim do Nação Fortaleza

 Argeu e Juliana - Rei e Rainha mirim do Nação Fortaleza

 Argeu Araújo e Paulo Campelo - Reis do Nação Fortaleza

Argeu Araújo - Rei do Nação Fortaleza com o Estandarte do Maracatu

Origem e evolução do Maracatu. Por Calé Alencar

       Originário das Coroações de Reis do Congo organizadas pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, o maracatu é uma expressão da cultura tradicional popular do Nordeste brasileiro, destacando-se como atração artística nos desfiles carnavalescos em Pernambuco, concentrado em Recife, Olinda e Zona da Mata, onde apresenta os sotaques baque virado e baque solto; em Alagoas, na cidade de Maceió; e nas cidades de Fortaleza e Itapipoca, no Estado do Ceará, onde tem desenvolvido uma trajetória eivada de modificações, principalmente em sua forma rítmica. Em outras regiões nordestinas, manifestações como taieiras e cambinadas, envolvendo canto, dança, endumentárias e batuques, preservando também traços afrodescendentes, revelando a forte influência de populações negras, sobretudo do grupo banto, trazidas da África duante os séculos XVI, XVII e XVIII.

      Seguindo a orientação do colonizador europeu em sua cruzada cristã, apartir de contatos estabelecidos quando da ocupação dos territórios africanos ainda do século XV, os negros encontavam abrigo junto a Nossa Senhora do Rosário, instituindo a irmandade de pretos após um primeiro contatocom ai imagem da Santa na igreja de São Domingos, em Lisboa, quando da identificação do rosário, constituído de pequenas rosas esculpidas em madeira, com o colar conhecido como rosário de Ifá, feito de nozes da palmeira africana okpê-lifá, conservando estreita ligação com o orixá Ifá através do qual, torna-se possivel consultar o futuro. Utilizado em volta do pescoço por sacerdotes da religião africana, o colar ficou conhecido no Brasil, até os séculos XIX, pelos nomes de quelê e opelê, muito próximos do termo original okpê-lifa. Foi também na capela da igreja de São Domingos de Lisboa, na qual havia um altar em louvor de Nossa Senhora do Rosário, onde os negros - envolvidos com a confraria, segundo documentação existente, desde 1505 - começaram a realizar a solenidade de Coroação de Reis do Congo, provavelmente desde 1520 e quase certamente a partir de 1533, época da primeira notícia dando conta do funcionamento da Confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Portugal.

     A eleição de reis negros, presente em terras lusitanas, na Espanha, na América espanhola, nas Ilhas do Caribe e na América do Norte, teve na América portuguesa sua comemoração festiva mais difundida, existindo comprovadamente desde o início do século XVII, ganhando força no século XVIII, mudando de feições no século XIX e ocorrendo ainda hoje em várias localidades brasileiras, sobretudo nas áreas onde predominaram africanso da linguagem banto. ( Continua)

•       O maracatu, como forte influencia cultural dentro do nosso estado (Ceará), ainda não é conhecido pelas pessoas como uma das principais culturas existentes como as demais manifestações culturais do nosso estado como: Os cantadores; a cultura indígena, entre outras tão conhecidas. 

•       Sua falta de conhecimento, principalmente por parte dos estudantes do interior do estado, do que é uma apresentação de Maracatu e por parte dos moradores das grandes cidades também, acaba que distorcendo e causando preconceitos diversos por parte dessa manifestação que resgata raízes da época da escravidão.